Construir uma empresa: Alguns aspetos a considerar

O edifício de uma empresa não se limita a abrigar escritórios, armazéns, ateliers, linhas de montagem ou oficinas. Não se prende apenas com a necessária funcionalidade e adequação espacial ao ramo que acolhe. Edificar uma empresa é estabelecer na malha urbana uma identidade, uma marca. Pode não necessitar da assinatura do mais prestigiado arquiteto do mundo, mas carece de deliberação e design e de proporcionar a quem nele trabalha e a quem o visita a melhor experiência possível. Com vista a abrigar um negócio, qualquer que seja o ramo, convém dedicar tempo a pensar em alguns aspetos, para lá dos óbvios e necessários a cada ramo de atividade.

 

A fachada

A fachada do edifício é o rosto do negócio e a ela se prende a primeira impressão que se cria de uma empresa. Ela projeta na rua e para quem passa o espírito e a filosofia do negócio e pode, desde logo, impor-se como um marco distintivo. Tornar a face do edifício numa mais-valia arquitetónica, em harmonia com os restantes edifícios do quarteirão ou bairro, ou, de forma mais vanguardista, projetando já o futuro da cidade, será acolhido pelos seus pares, e não só, como uma empresa conscienciosa, que valoriza o património urbano. Uma empresa que pensa nos detalhes e nos outros, será sempre um parceiro a respeitar. Através da fachada, pode mesmo deixar transparecer o ramo de atividade, integrando elementos de produção própria, ou incorporando aspetos do edifício anterior – se for esse o caso –, ou criando de raiz uma imagem inovadora e fresca que leve todos os pensar o que mais se criará no seu interior. Construir uma empresa é pensar num edifício funcional, esteticamente apelativo e em espaços agradáveis e acolhedores, por dentro e por fora. Sempre que possível, a fachada deve poder respirar, pelo que uma zona fronteiriça ajardinada é um plus da maior importância, até para gerar a perceção de uma empresa que contribui para o embelezamento da urbe e para espaços verdes que a tornem mais saudável.

 

Átrio

Ao construir uma empresa, dedique todo o tempo do mundo a conceber o espaço de entrada principal. O átrio deve ser acolhedor, convidativo, amplo, bem iluminado e fornecer orientações clara que permitam ao visitante perceber onde e a quem se deve dirigir. Uma receção intimidatória e que surja como uma barreira entre quem entra e quem lá está não cumpre a sua verdadeira função de bem-receber e pode mesmo acabar por prejudicar o negócio. Todos os protocolos de segurança devem apresentar-se de forma amigável e sem constrangimentos que resultem em mal-estar para quem chega. A receção deve contemplar pequenas ou grandes áreas de espera – dependendo do fluxo de visitantes e frequentadores expectável –, com assentos confortáveis e mesas de apoio que permitam uma experiência agradável. Sistema de som e imagem são um bom adjuvante, pois permitem passar o tempo de forma mais agradável e sinalizam preocupação com os visitantes e com o seu bem-estar. Denuncia ainda respeito pelo tempo de espera. Pondere aquilo que hoje se designa por marketing olfativo ou sensorial, e deixe no ar do átrio um aroma agradável e relaxante, uma fragrância que funcionará ainda como uma memória agradável da empresa visitada. Plantas ou um animal de estimação da empresa são igualmente fatores de humanização e de aproximação, que transmitem uma imagem preocupada e civilizada de um negócio e posicionam favoravelmente qualquer empresa. Uma zona de cafetaria ou uma simples máquina de café de acesso livre também abrem sorrisos a quem chega. Como vê, ainda nem se entrou nos escritórios e já há muito em que pensar sobre um edifício empresarial.

 

Design sensorial

Formas orgânicas, materiais naturais, cores neutras e apaziguantes ou tons quentes e acolhedores, peças de arte, ou simples adornos que tornem o espaço mais convidativo devem sem comtemplados. Um bom design de interiores, a par de um projeto de iluminação pensado ao detalhe, são peças-chave para elevar a imagem de uma empresa e valorizar todo o edifício e, com ele, o próprio negócio. Requinte, bom-gosto, conforto e uma sensação de acolhimento são fatores que se traduzem num impacto visual positivo e isso é percetível e apreciado pelos meros visitantes ou potenciais cliente e parceiros de negócio. Construir uma empresa é criar uma perceção de rigor e profissionalismo que se adeque à qualidade dos serviços prestados ou dos produtos fabricados. Nunca descure os detalhes, eles dizem muito sobre um empresário e uma marca.

 

Imagem interna e externa

Ainda antes da fase de projeto, ainda no puro plano do imaginário, não desvalorize todos estes aspetos os quais, à partida, parecem alheios à ‘fabricação’ pura de cada negócio. Na verdade, eles impulsionarão as vendas e promoverão a produção internamente.

Não apenas estará a erigir um edifício, mas a construir uma empresa onde os funcionários se orgulharão de trabalhar, como estará também a criar uma reputação empresarial, enquanto estimula a sua própria equipa, que se sentirá valorizada e mais disposta a uma maior entrega.

A SPM ajuda-o a pensar em tudo isto e em muito mais aspetos que terá de ter em conta, caso esteja a pensar construir uma empresa. O melhor de tudo é que temos em casa própria todas as valências necessárias.